segunda-feira, novembro 07, 2005

Camélias - Uma descoberta de beleza ... uma paixão


No livro “A Dama das Camélias” de Alexandre Dumas (Filho), a heroína Margarida conhecida como “A Dama das Camélias”, recusa um pretendente desconhecido, por ele, a ter perturbado, ao oferecer-lhe um ramo de flores com uma intensa fragrância. Alérgica às fortes essências das flores, Margarita sempre levava um ramo de camélias, de mínima essência para evitar tossir.
Esta e outras obras literárias foram escritas sob a premissa, de que as camélias não possuem um aroma definido.
A flor é famosa, mas a sua essência pura e límpida, é pouco conhecida. Não obstante, dentro das mais de 100 variedades diferentes de camélias selvagens descobertas até hoje, sete são conhecidas por terem uma essência de aroma doce, similar ao das ameixas.
Choka Adachi, artista de Ikebana (arte do arranjo japonês de flores), foi um dos primeiros a interessar-se pela essência das camélias. Uma variedade de Higo-Camélia de rico aroma, foi descoberta em 1968 pelo Senhor Ohta na cidade de Kumamoto, no sul do Japão. Adachi chamou-lhe ”Nioifubuki” (Ventilada de Essências). Caracteriza-se por possuir um elevado conteúdo de linóleo, (considerado um elemento básico na composição das fragrâncias das flores), por ter una essência doce e refrescante, muito parecida à “Kohshi” (Morada da Fragrância), outra camélia com fragrância, que foi descoberta na ilha de Izu Ohshima, pouco tempo depois. O seu aroma pode descrever-se como similar ao do rododendro (um tipo de azálea), mas o perfume, é tanto ou mais subtil, que a flor deve colher-se com muito cuidado.
Não nos podemos assim surpreender, que se pense que a camélia é uma flor que carece totalmente de fragrância.

1 comentário:

bloggrez disse...
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